quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Os maridos - das outras.

Sempre que me dá um ataque de nostalgia, tento contrabalançar com uma dose de esperança num futuro mais que risonho - um futuro gargalhante! [acabei de inventar].

Não sei se pelo tempo livre a certa altura do dia - se por ter um cérebro que teima em não descansar - que isto é uma movimentação constante. Penso no que devo e no que não devo. Por isso, gosto tanto do horário de expediente, o único período do dia em que estou focada no trabalho - tirando as pausas para café, chás e afins.

Numa dessas mini pausas, começou a passar na rádio Os maridos das outras e por ai fiquei breves - penso eu - segundos. Nunca tinha pensado no assunto, mas percebi que não me casava com nenhum dos maridos das minhas amigas - provavelmente eles também não casariam comigo. Todos tinham defeitos que eu não seria capaz de lidar uma vida inteira. 

São excelentes pessoas, tenho de deixar isto bem claro. Quase perfeitos aos corações delas, e só isso importa. Mas longe de serem o arquétipo da perfeição. A diversidade é grande e não me estou sequer a focar no aspecto físico, só mesmo nas personalidades. 

Do mais independente ao mais submisso. Do mais acomodado ao constante insatisfeito. Do mais maduro ao mais imaturo. Do mais vivido ao mais inocente. Do mais bem humorado ao mais carrancudo. Do mais mimado ao mais picuinhas. Todos têm características bem marcadas. E todos eles encaixaram com elas de uma forma mais ou menos natural. E a ilação é mesmo essa, cada qual tem o seu nível - não de exigência - mas de aceitação, que varia de pessoa para pessoa, até porque nem conseguiria trocar os maridos entre elas, seria impossível.

A vantagem, é concluir que um dia o meu príncipe vai ser sapo aos olhos delas, mas eu vou vê-lo cintilar. Porque o Amor não cega, não deturpa a visão, mas altera a forma como interpretamos e aceitamos os defeitos que cada um tem. Porque amar, é nem precisar de usar a balança para pesar as qualidades vs defeitos. Amar é depender saudavelmente da presença emocional. É querer. É dar. É receber. É ser verdadeiro. É aceitar o bom e o mau - incondicionalmente - até que a morte nos separe.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Serão as sogras umas bruxas?

Não compreendo as aversões às sogras. Se tratarmos bem os filhos e nos esforçamos, até podemos ter uma aliada bem forte do nosso lado. Braços de ferros com as ditas não é uma boa estratégia e afinal, foram elas que deram a luz os nossos - futuros - mais que tudo.

E é assim que as vejo, não como bruxas, mas como as mães das caras metade. Se é normal haver conflitos? É! Se é normal haver divergências de ideias? É! Se é possível se darem todos bem, claro que sim. Obviamente que há excepções e essas são mesmo difíceis de aceitar. Ainda assim, é gerir da melhor maneira, porque Mãe é Mãe. E não é justo para nenhum dos lados julgar ou afastar-se de laços tão profundos como a maternidade - extensível à paternidade.

Se souberem aceitar os defeitos dos filhos e tentar contribuir para os melhorar enquanto pessoas então ouro sobre azul. O contrário, é de bradar aos céus! Boa sorte!

Em semana de rescaldo do final da relação do Ronaldo com a Irina, muito me fez pensar o tema. Por um lado, deve de passar a ser um dos mais assediados solteiros do mundo - sim, que o rapaz não fará por menos. Por outro lado, o motivo ser a D. Dolores é no mínimo curioso. Na mansão, nem se devem cruzar. No jardim, tão pouco. Ir ver os jogos com a Senhora, são 90min - mais coisa menos coisas - ninguém morre. As irmãs vão atrás? Eu se fosse irmã do Ronaldo também ia! De louvar a forma como preserva a família. A mãe diz que ele é o melhor do mundo? Hello!!! Ele é o melhor do mundo! Tem três, t-r-ê-s bolas de Ouro! E mais, os motivos para andar sempre genialmente produzida para as ocasiões devem de ser mais numa semana que eu tenho num ano, e refiro-me a casamentos! 

Portanto, Irina, tu que conheceste o nosso orgulho já bonitinho, só me fazes pensar se te desculpaste com a matriarca ou se há alguma coisa por trás do talentosíssimo que nós desconhecemos? Não me digas que preferes o Messi?

D. Dolores, gosto muito de si, podemos ser amigas? - só para esclarecer os rumores claro, é que esta minha costela cusca está assim a modos que inquieta!

E deixem-se de ideias que isso de nunca saber com qual dos carros vem deve de ser uma canseira! 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Parabéns a nós!!

Criei o meu primeiro blog em 2004, assinava com outro nome e escrevi  365 posts dos mais variados temas. Quando completei o primeiro ano, percebi que não me apetecia mais, queria outras descobertas e ocupações - o problema dos vintes! Embora tivesse sido uma boa experiência, tinha acabado o curso e emigrava em breve à descoberta das terras de nuestros hermanos. Ao longo dos anos tentei apagar, é embaraçoso ler posts com mais de dez anos, mas esqueci-me da password - é o que dá usar tantas. Feliz ou infelizmente vai perdurar num cantinho virtual. De vez em quando, lá vou espreitar a ver se evaporou, mas continua firme!

Seis meses antes de me aventurar outra vez na blogosfera, a minha irmã do coração, criou o dela e aos poucos convenceu-me que seria bom revivermos uma outra fase em paralelo. Mas tanto tempo tinha passado que, a bem da verdade, receava começar. Adiei, até ao dia em que resolvi aceitar o desafio. O virar do Ano foi crucial para o impulso.

Não foi fácil definir o nome ou o tema. Não chegava gostar de alguma coisa, tinha de a viver. E assim nasceu o Solteira aos 30.

Foi complicado voltar a mexer no template - tudo estava diferente "do meu tempo"- já não era meramente intuitivo, já não me lembrava de cor dos códigos e nem conseguia o que pretendia à primeira. Depois de umas tentativas frustradas, lá me entendi com o dito e passamos a ser os melhores amigos. Escolhi o aspecto, as cores, a foto resultou do improviso de um dia ventoso mas que abonou a nosso favor - sem retoques ou truques - o letring e estava tudo alinhavado. Nada foi ao acaso, foi meticulosamente pensado e repensado.  

O ZP - o marido da S. - reclamava de que era uma casa de família e que eles tinham convidados prestes a chegar e nós - as maduras - completamente absorvidas pelo novo projecto, que sendo meu, não teria saído se não fosse ela.

Mais uma noite em claro entre testes e mais testes e o blog com aspecto "cupcake" estava online! Tal e qual como eu tinha idealizado. Perfeito, aos meus olhos.

Um ano passou, e eu não mudava nada. E não quero apagar, antes pelo contrário.

Estamos de parabéns e para durar! Obrigada por contribuírem a tornar o meu sonho realidade! Um grande bem-haja a todos os seguidores!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Oh vida cruel!

Qual é coisa qual é ela que é lilás por dentro e ás bolinhas por fora?

Eram 7h30 quando o despertador - telemóvel - tocou. Abri os olhos, olhei atentamente para o écran - depois de passar o estrago do clarão da luminosidade - e vejo: Temperatura local: 4º. Pensei: só mais 5 minutos no quentinho! Que na verdade foram 5 + 5 + 5 + 5... O que mudou toda a logística matinal pensada na véspera. Tomei banho a correr. Vesti a primeira coisa que estava à mão. Comi à pressa. Saí a correr. Roguei pragas a mim mesma. Fiz promessas de que regressaria o mais cedo possível. Quase que chegava atrasada à reunião.  Odeio o frio! Odeio! E aqueles segundos em que tenho de saltar da cama são um gigantesco sacrifício.

Se me saísse o Euromilhões só vivia em países no auge do Verão! - vou jogar.

De quem é a culpa?  Dos lençóis polares! De dormir e chorar por mais! A melhor companhia no seu Inverno!

*Suspiro* o que eu dava para estar contigo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Inicio de semana...

Costumo escrever ao fim do dia / inicio da noite, é uma espécie de terapia ao cansaço - garanto-vos que regenera. Quando não escrevo é porque fui vencida pelo extremo cansaço ou pelo relógio.

Hoje, escrevo de uma pastelaria de Lisboa. 
É uma das minhas preferidas na zona mais empresarial da cidade. Tem uma decoração elegante, muito acolhedora, poltronas imponentes que proporcionam um conforto extra - para quem procura um par de horas confortável. Predomina uma escala de cores que lhe dá um ambiente vintage, ´retro-chic`– adoro este termo - e alguns apontamentos fortes em dourado. Para não falar dos croissants: de comer e chorar por mais - acabadinhos de sair do forno.
Cheguei mais cedo do que o combinado. 
Ao olhar pela grande superfície envidraçada - repostada no cadeirão - dei por mim a fazer o que normalmente só faço em viagens: observar.
Já passa das 17h30, a azáfama começou. Hora de saída para muitos, começa o desfile. As mulheres e homens bem vestidos - devem de ocupar um cargo importante, ou não - mas por esta zona a aparência é cuidada. É bom para ver as modas. 

Os homens, na maioria, saem em grupo, com um ar bem-disposto, aposto que a falarem dos jogos da última jornada - sem grandes casos, logo todos felizes. As mulheres apressadas, provavelmente o infantário está quase a fechar ou não descongelaram nada para o jantar. 
E eu, a beber tranquilamente o meu chá - bem quente - e a cada trago, penso na vantagem que é não ter horas, nem obrigações pós-laborais. 

As minhas amigas chegaram, hora do rescaldo de fim-de-semana, vou aproveita-las que é raro conciliarmos horários.