Acabar relacionamentos nunca é fácil, mas o pior mesmo é recomeçar.
Pôr um ponto final, apesar do grau de saturação a que por
vezes as relações chegam, é sempre um golpe de mestre. Sou apologista de que
ninguém é obrigado a estar com ninguém, e as tão espinhosas atitudes têm de ser
tomadas. Não precisamos de motivos. Só precisamos de ser honestos connosco e
deixar o coração expressar-se. Nem sempre o fazemos da melhor maneira, verdade.
Mas não precisamos de uma desculpa elaborada, só da certeza de não querermos
mais dar continuidade ao que se tinha, tenha lá o nome que tiver. Nem tão pouco
de nos martirizar à procura de explicações. Compreender quem não nos quer, para
que possamos ser compreendidos por não querer. Sair da relação com dignidade, e a consciência de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Acabou, é o foco.
A esta altura, já sabemos que ninguém morre de um desgosto
de amor. O percurso para a cura, cabe-nos a nós esboçar. Lembrar só o que é bom
de lembrar. Sem ressentimentos ou mágoas. De alguma forma, faz parte da nossa
história. Do nosso crescimento – nem que seja para os lados de tanto afogar as dissabores
em chocolates e outros que tais. O Verão está à porta? Paciência. Não é formosura?! Vénus e tal?!
O reverso da medalha, é que temos de começar tudo de novo.
Desde o nome, de onde vens ou o que pensas fazer quando fores grande... E esta
parte, sim, dá cabo de mim. Não tenho paciência. Não me apetece.
Dar tempo ao tempo, esperar que a constelação se alinhe e
que tudo se torne brilhante outra vez. E de preferência, de vez.