sábado, 4 de junho de 2016

Recomeçar...


Acabar relacionamentos nunca é fácil, mas o pior mesmo é recomeçar.
Pôr um ponto final, apesar do grau de saturação a que por vezes as relações chegam, é sempre um golpe de mestre. Sou apologista de que ninguém é obrigado a estar com ninguém, e as tão espinhosas atitudes têm de ser tomadas. Não precisamos de motivos. Só precisamos de ser honestos connosco e deixar o coração expressar-se. Nem sempre o fazemos da melhor maneira, verdade. Mas não precisamos de uma desculpa elaborada, só da certeza de não querermos mais dar continuidade ao que se tinha, tenha lá o nome que tiver. Nem tão pouco de nos martirizar à procura de explicações. Compreender quem não nos quer, para que possamos ser compreendidos por não querer. Sair da relação com dignidade, e a consciência de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Acabou, é o foco.
A esta altura, já sabemos que ninguém morre de um desgosto de amor. O percurso para a cura, cabe-nos a nós esboçar. Lembrar só o que é bom de lembrar. Sem ressentimentos ou mágoas. De alguma forma, faz parte da nossa história. Do nosso crescimento – nem que seja para os lados de tanto afogar as dissabores em chocolates e outros que tais. O Verão está à porta? Paciência. Não é formosura?! Vénus e tal?!
O reverso da medalha, é que temos de começar tudo de novo. Desde o nome, de onde vens ou o que pensas fazer quando fores grande... E esta parte, sim, dá cabo de mim. Não tenho paciência. Não me apetece.
Dar tempo ao tempo, esperar que a constelação se alinhe e que tudo se torne brilhante outra vez. E de preferência, de vez.