terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mais um Ano... mais uma voltinha!

O tempo voa e cá estamos nós, [eu!] exactamente igual ao ano anterior. Encaixava-me quem nem uma pena, todos os posts escritos anteriormente, o que é, deveras preocupante.

E, senhoras e senhores descobri a problemática solteirana depois dos 30! - O grande obstáculo!
Lá vai o tempo em que a escola, a Universidade e outros lugares que tais, nos proporcionavam, de forma natural, a aproximação, o convívio e a socialização. O grupo de amigos casou, tem filhos e raramente conseguem programas fora - muito menos fora de horas - os convívios passaram a ser em casa uns dos outros e obviamente cortam qualquer possibilidade de interacção além fronteiras das substanciais, duradouras e puras amizades. 

Eu esforço-me, mas o Universo anda-se a fazer de difícil - tenho dito! - senão vejamos: mudei de casa, mas os meus novos vizinhos, de novos só o facto de os conhecer há pouco tempo, porque andam ali, lado a lado, com o velhinho elevador. Ao me ter mudado para a capital, uma série de problemas - nunca antes pensados - apareceram. Se, por acaso, o meu vizinho de baixo fosse uma brasa - que ainda não consegui conhecer ninguém além da vizinha de oitenta e dois anos do quarto andar, o casal do primeiro, os amigos do filho do casal, e ainda, os saltos da vizinha de cima - as lojas de conveniência sempre abertas até às duas da manhã, estragam qualquer possibilidade de pedir açúcar ou ovos fora de horas. Portanto, o circulo estreita-se cada vez mais.

Contando com o carteiro, eventuais encomendas, ou ainda, quando tenho desejos de comida japonesa, dificilmente me deparo com novas pessoas ou alargo o meu leque de amigos.

Posto isto, vi-me obrigada a reajustar a agenda do dia, tirei a tarde. Fui ao cabeleireiro, fiz manicure e umas compras. Ou então não fiz nada disto, só me afoguei num garrafa de vinho que comprei nas últimas promoções de um hipermercado, aquele que tem sempre novidades, e que guardava para uma ocasião especial. Chegou mais rápido do que o esperado, e rematei com uma caixa de chocolates. Isto, porque corre tudo tão como eu planeio, que desisti de esperar pela linha do sushi que repetia "ainda não conseguimos atender a sua chamada". E cá estou eu, a reclamar, mas a salivar, amanhã, já depois dos despojos deste grande dia, pode ser que tenha mais sorte.
 
A titulo de desabafo, sinto uma leve brisa a passar pelo rosto, uma tranquilidade de espírito, avizinha-se uma boa nova, sinto. 

A todos e todas um Feliz dia de São Valentim!