Conheço-o há muitos anos, tantos que se tivessem corpo
estavam à beira de atingir a maioridade. E desde que o vi, nunca me foi
indiferente.
Sem explicação, porque estas coisas não se explicam.
A vida segue sempre um rumo, não importa se correcta ou incorrectamente,
mas não pára. E as nossas vidas sempre seguiram caminhos diferentes, mas quando
nos cruzamos, a minha mente vagueia no mundo dos “ses”.
Continuo a achar, que se eu mandasse no destino, muito
provavelmente fazia com que o nosso se cruzasse de uma forma bem mais romântica.
O destino deu-nos uma chance, testou-nos, e uma vez mais, chumbamos.
Os convites eram tão bem articulados que era impossível recusar.
Os passeios pela nossa Alfama, desabitada pelo tardar das horas, depois das tascas fecharem, cansadas de mais uma noite da nostalgia bem-fadada que só os amantes do fado compreendem. Noites cheias de histórias e sorrisos. Mas ainda assim, sem qualquer indicio de reciprocidade além da amizade que nos une. Por vezes, só isso é uma bênção. Outras vezes, sabe a pouco.
Na hora da despedida, ele tinha ainda mais encanto…
O destino deu-nos uma chance, testou-nos, e uma vez mais, chumbamos.
Os convites eram tão bem articulados que era impossível recusar.
Os passeios pela nossa Alfama, desabitada pelo tardar das horas, depois das tascas fecharem, cansadas de mais uma noite da nostalgia bem-fadada que só os amantes do fado compreendem. Noites cheias de histórias e sorrisos. Mas ainda assim, sem qualquer indicio de reciprocidade além da amizade que nos une. Por vezes, só isso é uma bênção. Outras vezes, sabe a pouco.
No meio dos pensamentos pecaminosos que me vagueavam a alma,
tremia. Ansiava pela próxima saída e prometia a mim mesma que ia confessar, o que
nem às paredes se confessa. Recuei.
Para não variar, ele seguiu o caminho dele, e eu seguirei o meu. Receio que chegue o dia em que perceba, e seja tarde demais.
E de repente, fez-se silêncio, como se se fosse cantar o fado.