Nos últimos anos, apesar de conhecer algumas pessoas interessantes, não eram cativantes o suficiente para mexerem com toda a orquestra que move o corpo. Não me faziam perder noites a sonhar, nem tão pouco me faziam acreditar num futuro brilhante. Desiludia-me com as mais pequenas coisas. Desculpas fáceis para terminar o que não chegara a começar. Por alto, conto cinco anos em que não me revolvia as entranhas a cada mensagem ou a cada encontro.
Tudo tão mágico, que tive de desaparecer de cena num ápice.
E eis que dou por mim a rezar para que esses tempos voltem, não os dos vazios, mas o da leveza de um coração que passava entre os pingos da chuva da ausência de dor, tristeza e desilusão. A paixão recente, virou a mais dura das decepções. Não por ele, mas por mim. Porque acreditei que tinha potencial para ser bem mais que uma historia a contar, o virar de uma página feliz. Não foi - de todo - o final desejado, longe disso, mas foi o final que - acredito - estava reservado a ser. Como pedimos para reservar a mesa do restaurante, em que o jantar corre lindamente, mas depois dá uma bruta indigestão.
Nem tudo o que parece, é!
Calma coração, já passámos por isto uma vez e ultrapassamos, lembras-te? Naufragamos e encontramos o Norte. O que não tem de ser, não é. Vamos aguardar serenamente por dias melhores, acreditar com todas as forças que nada acontece por acaso, e que ainda vamos ser abençoados. A genuinidade dos nossos sentimentos vão ser reconhecidos e merecidamente entregues.
Até lá, vamos ser fortes, levantar a cabeça e aproveitar para enriquecer a bagagem cultural. Vamos marcar uma viagem e desfruta-la o melhor possível. Resultou da ultima vez, ajudou a descentralizar o que não sai da cabeça, os porquês não explicados. Voltaremos com novas ideias e cheios de vontade para impulsionar o trabalho. A fuga que - sempre - resulta. E dar continuidade aos passatempos que preenchem lacunas inexplicáveis. Vamos ser só nós. Vamos ser egoístas. Chega de tentar perceber onde falhamos. Não resultou. É a versão resumida da história. Não foi por falta de querermos, pois não? Então não nos merecia. Não mereceu as nossas ansiedades, receios, insónias e sonhos.
Vamos os dois juntar os cacos, é um trabalho de equipa e nós somos bons a trabalhar em conjunto. Vamos superar mais este percalço, teste ou o que seja. Construir o tal castelo com as pedras que vamos encontrar, para que possamos formar a realeza que merecemos. Porque merecemos!