O dia dos namorados chegou ao fim, finalmente! - pensei às 23h58 do dia oficial dos comprometidos.
Não que andasse a desesperar ao longo do dia, mas simplesmente porque gosto mesmo do dia mais comercial para quem tem uma cara metade. Tão importante quanto o dia da mãe ou do pai! Vale o que vale, mas acho que deve de ser festejado, por quem pode. Gosto de todas as lamechices, de pensar na surpresa, de ser surpreendida, de me vestir especialmente para a ocasião e das lembranças que ficam para recordar. Daquelas que mesmo quando acabamos a relação e guardamos - algures na última gaveta do armário - ainda sorrimos ao relembrar a momento - mesmo que estejamos no alto mar dos sentimentos.
Nestas datas, ocupar-me é sempre a minha estratégia para enfrentar as vinte e quatro horas não desejadas, este ano cuidar de mim foi o meu lema. Poupei na prenda, gastei comigo. E ainda acabei o dia com a banheira bem cheia e quente envolvida pelos aromas do óleo relaxante e magnificamente acompanhada de um taça de vinho tinto. E continuou numa maratona das minhas series favoritas. E sem despertador neste Domingo - Pós São Valentim. Acordei, com os níveis de energia no máximo, afinal tenho mais 364 dias meus.
Não estava com paciência para jantares de solteiros e muito menos para alinhar em saídas naquela noite onde o engate é certo, afinal a probabilidade de quem está na rua numa noitada destas ser solteiro é altíssima e eu não gosto nada de me sentir um alvo. Ou ir à pesca! Dispenso.
O que faria se tivesse aquela companhia? Teríamos um jantar bem especial, tão especial quanto a nossa relação, tão especial quanto ele. Independentemente do local, arrojava em tudo, afinal a noite pedia que fosse diferente. Porque na verdade acho que estes dias - embora possam ser comemorados todos os dias, sim - servem para ser marcados pela diferença, porque há uma data oficial a comemorar. Para além do que esta implícito, fazia-o sentir - mais uma vez, como todos os outros dias - o quanto era desejado e amado.
Acredito que tenha sido uma noite entediante para muitos, mas também creio que há sempre formas de contornar os dias menos bons e torna-los inesquecíveis. E acima de tudo é fundamental vivermos bem connosco e aceitarmos a realidade.