domingo, 12 de abril de 2015

O que não nos mata torna-nos mais fortes!

Na maior parte das vezes arrastamos relações que sabemos que estão condenadas à partida, por variantes de um mesmo factor: o medo. E por ele, perdemos anos de vida, auto-estima, amigos e até metemos em causa laços familiares.

Desrespeitar alguém, não é só trair. Nem bater. Há palavras que doem mais do que uma chapada - e não há ditado sem fundo de razão. Os medos fazem com que as pessoas se retraiam. Medo de perder - o que já está perdido. Medo de ter de começar de novo. Medo de sair do patamar desconfortável, mas que é mais confortável que o desconhecido. Medo de dar razão aos outros. Um sem fim de medos que lixam a vida dos inseguros. E quando finalmente tomam uma decisão, percebem as toneladas que saíram de cima e pensam: porque não fiz isto mais cedo?

Claro que cada um reage de uma forma diferente. Sim, temos de respeitar as decisões que cada um toma e o caminho que segue. Mas como avisar do perigo eminente? Como evitar a colisão? Não se evita. Isto porque tenhamos a idade que tivermos, vamos sempre querer provar que os outros estão errados, quando a verdade está na frente dos nossos olhos mas o maior cego é aquele que não quer ver. E quando o ver para querer nos faz pensar no quem te avisa teu amigo é, então é porque descobriste o caminho para a cura.

Ninguém é vitima da "vida". As coisas acontecem sempre por alguma razão. Eu não acredito que fui uma bruxa na encarnação passada, nem que estou a pagar sei lá pelo quê. Se pensarmos bem, bem, bem, há coisas bem piores que uma relação falhada. Por isso, a minha postura perante a vida é sempre positiva. Sofro quem nem uma louca mas o tempo é um bom amigo. - e sempre faço umas viagens.
Não tendo a receita para a cura, vitimarmos-nos não é solução. E se há coisas que me mexem com o sistema nervoso é a voz de um/a coitadinho/a. Não deixem que ninguém sinta pena. Não é um bom sentimento neste campo amoroso. Quem não nos quer, pois bem. não nos merece. Temos de lidar com adversidade de frente. Tirar partido da aprendizagem e viver a vida. Chorar, sim. Porque não? Faz bem extravasar as emoções. Partam pratos, sei lá. Mas não queiram ser coitadinho, por favor!

Sabem, nunca ter desilusões de amor, é um privilegio dos imbecis. E nunca se esqueçam que de todos os impérios, o mais vasto e absoluto é o do amor próprio - fica o desabafo.

7 comentários:

  1. Concordo, diria que muitas pessoas e muitos casais vivem com esse medo, perpetuam relações sem nexo porque começar de novo mete medo, medo de não encontrar, medo de estar sozinho, medo da pressão da sociedade e tantos outros medos...continua sem medo e cheia de força que é bom saber que ainda existem pessoas sem esse medo, um bem haja para ti.

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  2. Amorinha, conheci o teu blogue agora, com este texto e já te admiro.

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  3. Muito obrigada por "me" leres. Bem-vinda!! : )

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  4. Palavras certas na hora certa. Texto ótimo!

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  5. Perfeito, suas palavras são de uma sinceridade e emoção sem igual, minha trajetória se confunde em meio suas palavras de certa semelhança com o que passei...Parabéns pelo Blog, esta sensacional.
    att. MARCIO CANDIDO

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  6. É bom saber que não sou a única a sofrer desilusões amorosas...sim, porque houve uma altura que eu me questionava várias vezes porquê a mim! Por diversas vezes perguntei-me a mim mesma o que teria eu feito para merecer tal castigo!!! Foram muitos anos de relação...foi muito doloroso... Mas hoje, apesar de não poder dizer que sou mais feliz sozinha (estaria a mentir se o dissesse, uma vez que quero muito ter uma família) posso afirmar que estou em paz comigo. Obrigada pelo testemunho.
    Susana Cruz

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