Sinto-me triste. Cansada. Desencantada. Um sem fim de sentimentos que chegaram mal soou a meia noite daquele que foi o meu dia. A inevitável introspecção e as conclusões não tardaram a chegar: está tudo igual, senão pior. Não foi um murro no estômago, mas foi a consciencialização, aquele terrível minuto em que vêm à tona as não opções que mudaram a minha rota. São alguns dos minutos tramados, mas só isso, minutos.
Não me incomoda nada fazer anos, mas a não realização pessoal é especialmente frustrante neste dia.
O que mudar? Onde errei? Não sei.
Percebo que não vale a pena lamentar-me daquilo que não tenho. Dos objectivos que ficaram pelo caminho neste ano tão espinhoso. Por mim, mantenho o sorriso, a boa disposição, a esperança e os sonhos.
Até porque vendo por outro prisma, tenho saúde, poucos mas bons amigos e uma família com o coração do tamanho do mundo. Provavelmente estou a ser muito exigente - até ingrata - mas se para o ano puder acrescentar um ou dois itens à lista de desejos concretizados, começo a primeira frase com o antónimo da última palavra da deste ano.
Até porque vendo por outro prisma, tenho saúde, poucos mas bons amigos e uma família com o coração do tamanho do mundo. Provavelmente estou a ser muito exigente - até ingrata - mas se para o ano puder acrescentar um ou dois itens à lista de desejos concretizados, começo a primeira frase com o antónimo da última palavra da deste ano.
Mordi a vela com mais força, esperançada que é este o grande erro que cometo faz anos. Quem sabe a resolução não é fácil, hein?!
Amorinha, a respeito da visão por um outro prisma descrito no seu texto, tem um monge chamado Thich Nhat Hanh que escreveu algo bem interessante. Ele disse basicamente o seguinte: Temos emoções positivas, quando acontece algo que nos deixa feliz; Emoções negativas, como por exemplo decorrente de uma dor de dente; Emoções neutras, que seria aquele básico do dia a dia, nem bom nem ruim. A questão que ele levanta naquele texto não é propriamente a pessoa transformar uma emoção ruim - decorrente de uma dor de dente - em uma emoção boa. Mas sim, pegar uma emoção neutra - nem triste nem feliz - e transformá-la numa emoção positiva ao se dar conta de que não está com dor de dente naquele momento. Pode até parecer bobagem, mas no dia a dia é uma experiência bem interessante.
ResponderEliminarObrigada pelo encorajamento. :))
ResponderEliminarTambem me sinto ingrata às vezes apesar de tds dias agradecer o que tenho! Mas realmente tambem gostava de poder acrescentar alguem especial à minha vida pa bons e maus momentos de ambos! Mas quando não se passa de "amiga" é tramado!
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