segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Quanto vale um Amor?



“O que precisas para pensar em ti?!”


Tantas e tantas vezes faço esta pergunta, e sempre a mesma resposta - Sei lá!!


O pior nem é a pergunta em si, é a resposta que não querem dar – assumem! Não sabem estar sozinhos. Custa deixar ir ou abandonar um Amor - mesmo que ele se revele, em certas alturas, o antónimo de um Amor. Falta a coragem na hora certa, recuam na hora da verdade.


Pior mesmo é quando do coração pergunto, a quem gosto muito, de verdade. Àquela amizade que sabe tudo de nós e nos respeita - tanto ao pondo de nos ver mal tantas e tantas vezes e apenas estar lá - para ouvir as nossas lamurias – dia após dia e vice-versa. Genuinamente. Ai sim, a resposta à pergunta faz pensar a sério. Pensar no que estão a deixar que aconteça na vida e no que passam em prole de um Amor, em já só resta o nome. Uma história, e muito provavelmente só um passado.


Começo a achar que a idade nos trás sabedoria e experiências, mas também nos trás muitos medos e ‘demências sentimentais’- aceitação do mau como parte integrante do todo.


Por enquanto, está sem resposta para me dar, a minha amizade sem fim! - Mas percebo que ‘chocalhou’ tudo lá dentro. 


Pensar a fundo no que deixam ir por um Amor, no que deixam de fazer por um Amor, no que deixam de ser por causa de um Amor – doí imenso (e o ser Humano foge da dor a ‘sete pés’). Ansiamos tanto ser felizes que achamos que viver em prole da outra pessoa é o caminho certo. Desejamos tanto ser felizes, que nos esquecemos de nós próprios e passamos a viver para o outro sem olhar para trás. 


‘Somos bichos sociais’, é certo. Gostamos de receber festinhas e então se temos um Amor, queremos prolongar ao máximo o papel de gato meloso. Esquecemo-nos que as relações genuínas não têm teatros. O Amor surge do genuíno, da autenticidade, não de jogos psicológicos. Impressionar quem se Ama, gasta muita energia. Horas e horas a pensar que roupa usar, que perfume meter, que frases proferir, que historias contar, quando às vezes nem nós estamos predispostos e convencidos do que fazemos. Na realidade e quando um Amor, deixa de o ser, a outra pessoa tem mais que fazer do que gostar de nós. Têm uma vida! - E vocês?! O que têm?!


Se optassem por ser iguais?! Se dessem à relação - a lei de reciprocidade?! Se parassem de agradar, à espera da felicidade e começassem a gostar mais de vocês?! 


Acreditam num amanhã sempre melhor que um hoje e têm esperança, acreditem! 


Talvez a chave de tudo seja mesmo a Esperança! – e anulam-se.


Esperança - de um Amor verdadeiro, apenas. Como tanto merecem - merecemos.

1 comentário:

  1. Amorinha que bom que voltou, seu blog e suas palavras são um alento pro meu coração. Abraços!

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