terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Rescaldo das festas... Parte 2

Ano Novo Vida Nova, dizemos com alguma frequência sempre que bate a meia-noite do último dia do ano. Os habituais desejos empurrados pelas passas e o champanhe, desculpem, espumante, que era maravilhoso por sinal, a assegurar que as doze passas ficam bem guardadinhas após os pedidos tão bem… engolidos! Passado um ano já ninguém se lembra do que pediu, mas de certeza que alguma coisa se realizou! Como por aqui, a tradição ainda é o que era, assim foi.

Escolher com quem passar este dia não foi uma decisão difícil, até porque as opções não eram muitas, de entre as amigas casadas, gravidas, com filhos ou os dois, sobravam as solteiras e aquele por quem o sangue me faz fazer tudo, quase tudo, sem pensar duas vezes. O facto de a maior parte das amigas estarem num outro estágio da vida, e de eu ainda poder viver o que elas já não podem, faz-me pensar: é uma vantagem ou desvantagem?! Será que sou uma privilegiada pela prorrogação natural de uma liberdade sem determinadas responsabilidades? Ou isto são desculpas para um presente imperfeito a pensar num futuro? Se por um lado posso optar por fazer aquilo que bem me apetece, gerir os meus horários ou… simplesmente, dormir!!! Ah pois, quantas delas dormiram depois da noitada? Up´s houve noitada?! Ou adormeceram enquanto adormeciam os vossos mais que tudo e nem deram pelas doze badaladas porque há dias que não sabem o que isso é? Ou tiveram aquela última zanga do ano com o companheiro porque ele estava a beber demais ou a divertir-se e vocês sem plano de salvação? Por outro lado, se me perguntarem se me imagino nesse papel, respondo sem hesitar um segundo: sim! Mas se ainda não o estou a viver, vivo o que de melhor me brinda a minha autonomia de um sem fim de opções, que só percebemos que há vantagens quando ouvimos os desabafos exaustos das que pensamos estarem completas, e estarão, mas quase que aposto que trocavam um fim-de-semana comigo.
Se eu posso passar uma noite – a grande noite! - sem olhar para o relógio, deglutir o meu espumante, as vezes que apetecer, que fique escrito que não são assim tantas - só até sentir as mãos dormentes - dançar… desfrutar das figuras alheias, há que aproveitar...

Não posso revelar os desejos, mas posso contar o que pensei minutos antes do derradeiro momento em que os foguetes se ouviram: que apesar de um 2013 bastante atribulado, sinto-me bem e apesar de teoricamente, levei um ano muito bem acompanhada, por uma família maravilhosa e amigos inesquecíveis.

Vivam, vivam a vida! Independentemente da fase em que se encontrem… Dizem os antigos: O que tiver de vir, virá!  

2 comentários:

  1. A questão é quando as tuas amigas solteiras são cada vez menos e as que restam são super caseiras, timidas, que teem uma noitada 1x ao ano. Aí ficas com a tua liberdade e a solidão. É como estou neste momento.

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  2. Sem dúvida! Acontece-me tantas vezes... É tramado lidar com isso...

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