sexta-feira, 23 de maio de 2014

Final de temporada...

Em semana da final da Liga dos Campeões em Lisboa, e uma semana depois do final da época desportiva, dei por mim a fazer uma comparação...

O fim de um ciclo. Princípio de outro. Despedidas e contratações.

Adoro futebol. Acompanho outras modalidades mas é o desporto rei o meu preferido. Sei que não é muito comum nas mulheres. Mas o ambiente de um jogo de futebol é arrepiante! Os cânticos! Os vinte e seis protagonistas em campo absorvem qualquer pensamento. A concentração dos milhares que assistem e o êxtase de um golo! É uma terapia. Por mais estranho que pareça.

Como diz o hino do meu clube “dos netos aos avós” e assim é. Não me lembro de escolher a cor do coração. Desde de sempre que vou ao estádio - é o único sítio em que não há fila para a casa-de-banho das mulheres! - e acompanho religiosamente o que acontece no meu e na maioria dos clubes europeus. O meu irmão sempre esteve ligado a esse mundo e de uma forma natural o tema "futebol" sempre foi tema de conversa familiar. Há alturas em que gostava de ser homem, era a minha única hipótese de ouvir um estádio a gritar o meu nome... Ou simplesmente ir ao centro do relvado com casa cheia. Por mais estranho que continue a parecer.

E foi no último Domingo de jogo da época que já terminou - em que fizemos uma brilhante temporada - que percebi que frequento um dos sítios em que há mais homens por m2 e nunca tinha pensado nisto como um ponto em comum com o sexo oposto.

Uma relação é como um jogo de futebol em que contratamos pessoas - sem sequer nos apercebermos - substituímos e até expulsamos - umas por acumulação de amarelos outras com vermelho directo!. Feliz ou infelizmente há o momento em que seguimos para prolongamento e inevitavelmente alturas em que perdemos e outras em que ganhamos nas grandes penalidades. Há momentos decisivos e cada ponto perdido - ou roubado! - pode fazer a diferença no final da classificação.

Errar é humano. Só erra quem vive e só falha quem está lá para marcar. Não podemos condenar ninguém por errar. Nem condenar alguém por falhar. Desde que desempenhem bem os papeis que têm. É revoltante a injustiça de um fora de jogo mal assinalado ou de um golo limpo anulado. Mas é capacidade de dar a volta ao jogo com estas adversidades que tornam o sabor da vitória tão deliciosa. Tal como no jogo da vida. Se bem que a injustiça de uma má atitude tenha sempre um sabor amargo. E não se esquece. Nem no final da época.

Gerir uma relação, seja ela qual for - de amizade, familiar ou um amor - é como ser presidente de um clube. Onde é difícil dissociar a razão do coração. Onde as decisões podem interferir com todo um ciclo de vida. A nossa vida e a vida dos outros. E é esse o grande desafio que temos diariamente. É por isso que devemos viver a vida com consciência, para que não falhemos “o” penalti nos 90´da final da Liga dos Campeões  da nossa vida!

Que venha a próxima época, estou tão entusiasmada por voltar a jogar a "Champions League"!

15 comentários:

  1. E nem ouvi o apito final de tanto entusiasmo! ♡

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  2. Sendo do Sporting ainda aumenta mais a minha estima por si! :)

    E como sempre, só posso concordar com o que escreve...

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  3. Gostei da comparação. Realmente é mesmo assim! Deu-me que pensar...

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    1. Obrigada Raven! E dar que pensar já é positivo! - para mim. ;)

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  4. lindo :) vou partilhar com duas sportinguistas do meu coração.
    E não sabes o quanto me ri com isto
    " é o único sítio em que não há fila para a casa-de-banho das mulheres! "
    Por isso adoro ir ao estádio: futebol, muito homem giro por m2 e ausência de filas para o WC

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    1. Caras sportinguista, incluindo eu....adorei o texto e concordo plenamente. O desporto Rei era algo despercebido até há um ano atrás. No entanto, descobri a espectacular alegria e as vistas de M2 dos estádios de futebol e realmente estou fã, do José Alvalade:) e dos pós e contras de estar aos 30 anos solteira!!!

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    2. Eu vou mesmo à bola, pela bola!! Até porque aos anos que vou nas três filas de cima e nas três de baixo a diferença é que os miúdos que conheci já são maiores que eu lol

      Um dia marco um encontro por lá, havia de ser giro!

      Beijinhos

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  5. Não sou fã do ‘desporto rei’, mas sou fã do teu blog!
    Pelo que passar ao lado de um post, só porque não vou ‘à bola com a bola’, seria uma postura tola!

    O meu desporto do coração não é’ rei nem rainha’, mas proporciona-me tantas alegrias, tantas coisas boas, tantas analogias com a vida como as que aqui descreves.

    A minha falta de interesse pelo futebol tem uma explicação concreta, e descobri isso há bem pouco tempo, quando fiz as pazes com o jogo da vida.

    Se pensarmos bem, passamos maior parte da nossa vida a jogar…

    Se é bom!? Não sei!

    Mas que são esses jogos que nos dão que pensar - são!

    Mesmo para quem não gosta de jogos, será que consegue viver sem eles?! …

    O meu desporto do coração, por natureza não é um jogo, mas como é feito por pessoas – há sempre alturas em que se joga…e…eu já não consigo viver sem ele!

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    1. Ah!! Mas Sr. Peter Pan, ser fã do blog é ainda melhor!! :P

      Jogo limpo! ahaha

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    2. Bem melhor... jogar limpo eheh ;)

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  6. Adoro os teus textos, mas é que adoro mesmo.

    Para ser sincera, todos os dias desde que descobri o teu blog, passo por aqui para ver se já nos brindas-te com mais algum.

    Bem eu não gosto mesmo nada de futebol, pelo que algumas metaforas que fazes por aqui me passam ao lado, mas de qq forma é maravilhoso o paralelismo que aqui descreves...atitudes, faltas, foras... A vida é mesmo assim!

    Mais uma palavra...quando leio os teus textos fico sempre à espera dos comentarios de PeterPan...Desculpa Amorinha mas tens um fã ***** :)
    Obrigado a ti tambem PeterPan, gosto muito do que escreves por aqui, a tua sencibilidade é maravilhosa!

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    1. MT, não imaginas o orgulho que é para mim ler o que disseste! Do coração, muiiiito obrigada!

      Continua por cá, esperemos que o Peter Pan não se acanhe ahha

      Beijinhos!!

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