quarta-feira, 28 de maio de 2014

Socorro! Estou a apaixonar-me.

Costumo utilizar a expressão de que : a minha vida é como um GPS está constantemente a… recalcular - a rota!

A  minha confiança desmoronasse sempre que penso na possibilidade de me voltar a apaixonar. 

Há escassos segundos em que penso “não quero!!” , depois volto a ser humana, e tanto quanto a minha consciência e bom senso me permitem - assumo - a verdade é que morro de medo!

Na fase - de sempre - em que me sinto melhor com a minha “solteirice” , em que vivo em perfeita harmonia comigo, sinto-me a fraquejar perante um cenário, que não sendo, parece novo.

Oiço o eco de um medo. Não sei se de falhar e uma vez mais os anos passarem ao lado. Se de acertar e dar uma volta radical à minha vida. Se é a adaptação que me assusta ou se é perder a liberdade que tanto prezo e que foi tão difícil conquistar que me apavora. Tantos “ses” que mais me sinto uma adolescente, com medos.

Quando as conversas se estendem mais do que habitualmente permito. Quando dou por mim a pensar várias vezes ao dia em como seria e se valerá a pena o risco. Quando perco o controlo da minha autonomia e me sinto a quebrar, anestesiada pelo desconhecido. 

Se depois dos trinta e com uma bagagem imensa atrás - das vantagens e desvantagens - ficamos muito mais seletivos e exigentes, certo é que há coisas que não controlamos e que me/nos - e não é o NOS da fusão - fogem entre os dedos. Ou se vive ou se esquece. E é essa linha - ténue - o risco que nos predispomos ou não a correr, que fará a diferença. 

Gostava de minimizar a margem de erro. De acertar. De poder prever o futuro e fazer o que é certo. 

Às vezes parece que sou à prova de bala, mas não sou à prova do amor.


19 comentários:

  1. Compreendo, a descrição diz bem, o que se sente !!!

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  2. Manda-te de cabeça... os calculismos tiram todo o sabor às coisas boas da vida.

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  3. O medo é o que mais nos impede de viver. Muitas vezes penso o que farias se não tivesses medo?? Às vezes tal questão trás-me boas ideias e sigo com elas mas no amor já não é assim. Concordo que com os trinta ficamos mais seletivos também afirmo que a carência de afecto, do elogio e galanteio do sexo oposto nos faz falta nem que seja para a auto-estima.
    Mas sem dúvida nenhuma que é ou se vive ou se esquece pois já não estamos para nos esforçar ou andar atrás ou há quase logo um sim ou esquecemos...

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  4. Bom, eu sou solteiro aos 25. Li o texto e há uma coisa que me fez confusão: porquê tanto medo de não acertar e de deixar anos passarem ao lado...? Para saber se se acertou só há uma maneira: dar a hipótese a. Ou se está disposto ou não se está disposto. É o único se verdadeiramente limitante que tem de haver antes da tentativa. Tantos "se"s,a limitar antes, que complicação.desmedida. Descompliquem pá. o.O

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  5. Audentes fortuna adiuvat...A fortuna (sorte) favorece os audazes... Apesar de não ser solteiro aos 30, sou da opinião sincera de que quem não sai da sua zona de conforto e se arrisca ao designio da fortuna, é porque nunca viveu... viver na zona de conforto apenas permite que "passemos" por esta vida com a certeza de que apenas uma coisa acontece certamente... o fim... arriscar fora dessa zona signifca que (seja para o bem ou para o mal) existimos mais intensamente, e subsequentemente, vivemos com intensidade cada dia das nossas vidas... pessoalmente, não quero ter arrependimentos... eu Apenas tenho uma tentativa nesta vida e não quero arrepender-me de não ter agido quando devia e ficar amargurado quando for velho... ser feliz, na sua integridade, significa viver cada dia como se fosse o ultimo... para isso acontecer não pode existir medo ou hesitação, apenas devemos ter bom senso e deixarmo-nos levar pelo que achamos correcto... para o melhor ou pior... e sem termos medo de sermos nós próprios :D... Audentes fortuna adiuvat

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  6. Como te compreendo... Mas tb concordo com as palavras de Carlos Sousa...
    A sorte protege mesmo os audazes... Sejamos audazes de tentar a nossa sorte :)

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  7. Mas será mesmo necessário para se estar comprometido perder a liberdade e haver essa fusão de que falas? É que nem me passa pela cabeça qualquer tipo de relacionamento que implique tal coisa. E não gostaria de pensar que será impossível se assim não for.

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  8. O teu ‘Socorro – Estou a apaixonar-me.’ Fez-me lembrar uma história que li há pouco tempo, de um grupo musical composto por uns senhores já com alguma idade, e acho que consigo explicar o porquê.

    http://www.youtube.com/watch?v=INkLVwtIr_I

    ‘A vida destes homens deu um filme. Porque cantavam bem? - Sim… Mas não só. Porque tinham uma pinta descomunal, entre o seu charme e a doçura de um poeta safado? - Sim…Mas não só. Porque cantavam com aquela voz lá do fundo da alma, naquela mistura que só se vive no calor dos trópicos? - Sim… Mas não só. A vida deles deu um filme, porque contra todas as dificuldades, eles venceram.

    Porque caíram, mas levantaram-se. Porque deu luta, mas ganharam. Tiveram um anjo que os ajudou - há sempre um anjo - mas foi a predisposição para correr o risco, foi a coragem para acreditar no destino, que lhes deu alma.

    E deu um filme, porque mesmo quando já poucos sequer pensam em viver, estes velhotes cheios de ganas, souberam viver de novo, a nova oportunidade que o destino lhes deu.
    Era mais fácil ficarem parados? Era, mas não ia saber tão bem.’

    Pois, tal como esta história, na vida tenho aprendido, que por mais medos que tenha em arriscar, em me ‘jogar de cabeça’, se não tentar é que nunca vou saber mesmo se valeria ou não apena.

    E se ficar nessa dúvida, nessa incerteza, em indecisões e hesitações, tudo irá permanecer na cabeça e no coração durante muito tempo - e se nos descuidamos muito - para o resto da vida.

    Valerá a pena passar por tanto suplício com medos?! – Talvez não, mas o que é certo, é que eles existem, e temos de saber lidar com eles da melhor maneira, não os deixando ‘esticar’ em demasia, para que não nos cortem a linha da possível felicidade.

    O espaço de um pensamento que nos diz –‘ Fica quieto(a)’ – é, em proporção idêntico, aos que nos povoam o espirito, quando ousamos tentar...
    Portanto, entre um ‘sim’ e um ‘não’ – talvez o melhor mesmo é arriscar!

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  9. Oh Amorinha que texto!!
    Tantos medos nos povoam o espirito quando nos sentimos ‘apanhadas’ !
    Ontem quando li o teu post nem consegui comentar...Fiquei a pensar, a pensar...e realmente é tanto assim que chego a pensar que não escreveria nem mais ma linha.
    Depois este Sr. PeterPan ‘espeta-me’ um comentário com esta indumentaria! Lindo de morrer...

    Olha desculpem lá, mas vocês querem dar cabo do nosso sistema emocional?!
    Obrigado, mais uma vez obrigado por partilhares.

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  10. Adoro o que se escreve por aqui!
    Nunca comentei, mas não podia deixar de fazê-lo desta vez!

    Sou solteira e tambem na casa dos trinta, e tudo o que por aqui se escreve mexe comigo, no sentido de me por a pensar.
    E ontem fez-me pensar tanto que quase nem dormi! Encontro-me numa situação parecida, não sei se estou apaixonada ou não, sei que gosto muito de falar com ele, que me dá muita atenção, mas não me tenho permitido chegar mais perto...por medo talvez!

    Sinto que se arrastar este meu medo, ele pode desistir, ou simplesmente amornar o que talvez tambem sinta por mim.
    Ficar apenas esta amizade que ja temos, pode ser uma opção, mas nem sei se será a mais feliz para os dois.

    Obrigado por partilhares este teu medo, é tão igual ao meu.

    Depois tambem queria dizer que concordo com a MT, o PeterPan escreve mesmo muito bem, tenho adorado ler os seus comentarios.
    Vou continuar a segir o teu Blog.
    bjs

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  11. Que medos tenho eu também! Sair da minha zona de conforto e entrar o desconhecido por aqui adentro...Como te compreendo. Mas que é bom é, apesar de tudo, há que confessar!
    Adoro que escreves, és clara nas palavras e nos sentimentos. Não arrisques de cabeça, mas arrisca de coração.
    Também gosto muito dos comentários do PeterPan :))

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  12. Conheci o teu blog agora (sorry). Meu Deus, esse blog podia ser meu, faço 35 daqui uns dias......e.....8 anos solteira. Com alguns erros de casting pelo caminho!!! Enfim....
    bjo

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  13. Tanta coisa para dizer, que não dava para um comentário, para além do facto de não ter tempo para organizar essas ideias todas num texto claro... De qualquer modo muito já foi dito por aqui. É obvio que também me revejo em muito do que aqui dizes, Amorinha. Na verdade acho até que estou um passo à frente de ti: à quase 3 anos atrás tinha 34, e estava a começar a apaixonar-me outra vez. Mergulhei de cabeça: de repente, inesperadamente, tinha um "marido" e veio com "brinde" e tudo - que tempos tão maravilhosos, tão felizes, assim sem contar! Tudo acabou no início deste ano e considerando que me revejo 99% no post do dia da mãe, podes imaginar como foi difícil, principalmente por até hoje não ter entendido porque é que a relação acabou, para além do seco e inesperado "Já não te amo" (isto para mim é coisa de adolescente, não de trintão, muito menos de quarentão - a confusão do "porque é que acabou" passou a misturar-se com a do "então porque é que começou?"...). Ter conseguido ultrapassar tudo em 4 meses é obra, e sinto-me orgulhosíssima e com muita vontade de viver... apaixonada por mim mesma! (pena que a partenogénese não se verifica em humanos... ;-)

    Enfim, passei por aqui apenas para te lembrar as palavras de John Steinbeck, e que eu, de forma tonta (ou nao??) não considerei, à quase 3 anos atrás: “If it is right, it happens — The main thing is not to hurry. Nothing good gets away.”

    Bjs, muita calma e sê feliz.

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  14. Tomei conhecimento do teu Blog no RIR, mais propriamente na sexta feira.

    Em conversa com umas amigas (todas solteiríssimas), uma contava que andava a seguir um blog - o teu! E assim do nada começámos no intervalo dos concertos a ler o que escreves.
    Aquilo é que foi RIR no RIR, é que todas nós nos identificávamos com o que escreves, e então as gargalhas eram mais que muitas.

    Resolvi comentar este post, porque é dos que mais me identifico.
    Tenho tanto medo de me voltar a apaixonar perdidamente que ando tipo a fugir da pessoa e do sentimento.
    As minhas amigas dizem que sou maluca, mas os medos são muitos... é que estou sozinha já faz um ano e meio e aos 34 não é fácil voltar a dar cabeçadas.

    Vou continuar a seguir o teu blog, e as minhas amigas também.

    Bjitos

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  15. Viva,

    Parece que todos nós passamos pelo mesmo.

    Espelhas o meu quadro por inteiro e faço em Setembro 31 anos...

    Tenho um blog recente de meros pensamentos/outros, mas de facto tenho que ganhar coragem para escrever algo mais concreto, e partilhar o que realmente interessa. E com isso, vamos descobrindo que o nosso caso não é isolado.

    Compreendo o medo que te referes...

    Quando a mim, esse medo já me levou a perder boas oportunidades.

    De momento, estou numa situação que é como um tiro no escuro (embora me considere um homem de fé).

    O melhor é sempre arrumar o medo numa gaveta e de uma forma sincera, transparente arriscar com a pessoa que achamos que é "a tal" ou "o tal".

    É verdade que nada é eterno senão mesmo apenas o seu significado da palavra, mas... ao pensar assim, nunca começamos nada, ou mesmo arriscamos ou vivemos.

    Já basta ser escravo do tempo, do €...

    Desejo o meu para ti o mesmo para mim e para todos/as que estão a viver tal benção.

    No entanto à que estarmos atentos aos sinais que por vezes os ignoramos, porque nem tudo o que brilha é de ouro!!

    Por vezes temos que nos afastar do que queremos, de forma a aproximarmo-nos do que realmente precisamos.

    Sabemos o que é prioritário na tua vida. Ou seguimos o que sentimos...ou o que a nossa mente dita.

    Quanto ao amor...que o mesmo seja dado de forma devida...sem pressas...com intensidade e elegância!

    Abraço

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