quarta-feira, 12 de março de 2014

Palavra proibida: Ex!

Ao contrário do que acontece no final da adolescência/início da maioridade, aos vinte e poucos ou mesmo vinte e muitos, a probabilidade de encontrar um solteiro depois dos trinta é tão baixa, que nos devemos de mentalizar que o mais certo é um divorciado ou viúvo. O que é mesmo muito aborrecido, porque esqueçam o vestido branco e a entrada triunfal na Igreja, eles já la estiveram e só se vai uma vez.

Também há a probabilidade – altíssima - de vir com brinde. O que me assusta. Pois a palavra associada é tão forte quanto negativa e não me lembro de nenhuma enteada/o dizer bem da madrasta. Haverão, como em tudo excepções - desde que ela/ele não queira um braço de ferro, prometo esforçar-me para que sejamos grandes amigos - pensamento positivo e muitas figas! Ainda acresce ao pacote das probabilidades, a fava. Não há desculpa possível para o fim-de-semana obrigatório em que nos cruzamos com a mãe do filho e a ex-tudo. Principalmente se ela não tiver na mesma fase de resolução. Se bem que, desde que não sejamos a causa da separação pode até ser pacífica a relação entre as duas. Mais que não seja porque teremos de nos encontrar todos no aniversário da criança!

Independentemente de serem solteiros ou divorciados, certo é, que vem com um role de ex-namoradas, na melhor das hipóteses, tendo em conta que poderão vir com o rótulo de ex-mulher - até já me está a dar calores! E outra problemática se levanta, estas modernices de se darem com as ex , faz-me alguma - muita – confusão. Por algum motivo são ex, pensem, nem que seja, no tempo perdido. Pior ainda são as que não chegaram a ser oficiais, mas também não chegaram a ser perda de tempo, porque foram amigas coloridas em que tudo correu bem. E fica aquele clima de incerteza boa, em que por circunstâncias diversas não avançaram para uma relação porque podiam estragar tudo o que tinham de bom. Estas sim, são uma ameaça e ao mesmo tempo a insegurança saudável. Faz-nos pensar que se não cuidarmos vem o lobo mau e lá se vai a oficialzinha!

Mas com a idade aprendi a lidar melhor com isso, já acho permitido um “olá”, obviamente seguido de um “Adeus” sem espaço para o “está tudo bem?” que isso dava azos a conversas e a sorrisinhos dispensáveis. Se ela for gira e demasiado proporcional – boa! – Então só tem ordem de soltura para acenar, sorrir e desviar automaticamente o olhar.

Não são tão poucos os casos, de ex-casais que conheço em que para além de amigos, são os melhores amigos, saem para o café e numa outra fase, em que iniciam novas relações, acabam mesmo por se relacionar todos. Frequente principalmente em grupos de amigos comuns - que é o único caso em que até compreendo. Ainda assim, não acredito que se esqueçam que tiveram uma relação intima. E era nestas alturas que pagava para ler pensamentos num jantar em se cruzam todos.

Ou será que significa que as ex-relações estão bem resolvidas, as pessoas são civilizadas, crescidas e isso é mesmo permitido?

Bem sei que no final das relações, há a fase inicial em que nem os queremos ver à frente, a seguinte em que, se for possível mantenham a distância, e outra em que podem estar num mesmo recinto que são invisíveis. Mas amigos? Não creio. Considero que todas as minhas relações passadas estão mesmo muito bem resolvidas e ainda assim não mantenho contacto com nenhum. Não sinto qualquer necessidade de aproximação e quando me cruzo ocasionalmente com algum só me vem à cabeça as coisas negativas o que faz com que me sinta um “DUM DUM” e aplique automaticamente o slogan.

Quero com isto dizer que é uma vantagem enorme não falar com os falecidos - substituição carinhosa, ou não, de Ex - o “futuro” está sempre tranquilo, e evitamos discussões mesquinhas e paranóicas - reconheço. 

17 comentários:

  1. Eu acuso-me!

    Falo com as minhas ‘ex’, umas só de ‘Olá’ e outras continuam a fazer parte da minha vida (elas e os respetivos, a titulo de exemplo - em Julho passado fui ao casamento de uma delas e fiquei muito feliz por fazer parte desse momento tão especial para ela), isto porque não ficaram mágoas nem houve faltas de respeito, houve o fim de um sentimento para prevalecer apenas outro.

    E em resposta à tua pergunta: “Ou será que significa que as ex-relações estão bem resolvidas, as pessoas são civilizadas, crescidas e isso é mesmo permitido?”

    - É tudo isso regado com uma boa dose de amizade e !

    Modernices’ ou não, pouco me importam, esta sempre foi a minha forma de lidar com os sentimentos e sempre soube ‘separar as águas’ após o fim das relações. Como é óbvio houve sempre o afastamento normal nestas situações, mas passado algum tempo houve, também, a conversa da paz.

    Hoje, olho para cada uma delas e nem me lembro de passados em comum nem nada que se pareça, o que para mim é fantástico que seja assim, pois quer dizer que não tenho fantasmas a passear pelas ruas, e que a qualquer momento, poderiam cruzar o meu caminho e causar-me má disposição.

    Mas isto tudo até há bem pouco tempo, que foi quando descobri o que os meus amigos queriam dizer quando chamavam às ex-namoradas de “Falecidas”!

    Como o comum dos mortais ainda não fala com Falecidos, eu também não falo nem jamais irei falar!
    E agora compreendo o que dizes quando falas na perda de tempo. De entre muitas outras coisas, o tempo que perdi, os cabelos brancos que ganhei, ninguém mos devolve!

    É verdade que chegamos a uma certa idade - solteiros e começamos a ter rótulos. E eu como sou um solteiro, sem filhos e que nunca meti os pés numa igreja nem conservatória a não ser para ir à missa’ ou tirar o cartão de cidadão, não tenho esse tipo de rotulagem.

    Mas tenho outro (para quem não me conhece) que é péssimo – O Dom Juan!
    É terrível e completamente falso no meu caso!

    Mas será que um rapaz não pode chegar à minha idade e ser um rapaz ‘normal’?? Que a vida lhe pregou algumas rasteiras e Aconteceu!! Sem que o rotulo de ‘playbosito’ esteja espetado na testa?? Parece que na sociedade em que vivemos - não!

    Dou comigo a pensar o que será pior para uma rapariga – esses rótulos todos e apêndices de que falas-te ou esbarrar-se com um rapaz com este rótulo ridiculo?!

    Chego a cansar-me de ouvir de quem não me conhece frases tipo:” ah tas sozinho e tal deves ser fresco, deves!” ou “txi és solteiro, imagino o que não pintas’!”. E com este tipo de frases me desmotivo logo e salto para outra frequência.

    Perdoem as demais, mas concluo a dizer que também me assusta um bocado que o meu coração se prenda prai’ por alguém que traga filhos e divórcios na bagageira, dispenso dissabores ou ‘braços de ferro’.

    Gostava muitíssimo de, e apesar dos meus trinta e muitos, conseguir ter ainda o percurso normal e de sonho – casar – filhos e felicidade!

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    1. Solidariedade, Peter Pan!!!
      Tenho 29 anos e toda a gente me quer convencer que devia estar a caminhar para o altar. Acho horrível que as pessoas, mesmo quando bem intencionadas, pensem que nos sabem definir ou, no meu caso, o que é melhor para nós.
      O meu karma é que "só quero homens bonitos". looool Como tenho alguns pretendentes e ando sempre arranjada, é esse o veredicto final. A verdade é que para mim só faz sentido estar com alguém que me crie a necessidade de mudar a minha vida, de dispender o meu tempo livre com essa pessoa, de abdicar de algumas coisas por ela, porque quando me entrego é de corpo e alma. E isso não pode ser com qualquer um.
      Na faculdade até era gozada por só gostar de rapazes feios, por isso já vez como acertaram em cheio. Hahaha
      Não ligues. ;) E lembra-te que não estás sozinho... Hahaha :)

      Kisses, Just a Girl

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    2. :) Obrigado Just a Girl!!

      Gosto dessa maneira de ver o outro'.
      Ter alguem que nos 'sacuda' a vida e nos mova' no sentido da mudança, é o principiu para algo especial.

      Passarei no seu Blog :)

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  2. Pois, a vantagem dos homens é que não sentem tão cedo um death line para arranjar parceiras, mulher ou filhos, pois nem a sociedade exerce tanta pressão, nem há uma desvalorização do envelhecimento do aspecto físico no homem, e por fim, enquanto que as mulheres a partir dos 30 já não sabem mais quanto mais anos terão para serem mães, os homens têm toda vida para poder escolher constituir família, nem que seja com mulheres mais novas. O que já não costuma resultar com homens 10 anos mais novos...

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  3. Quando olhamos para os exs e temos a visão de "só me vem à cabeça as coisas negativas o que faz com que me sinta um “DUM DUM"" é porque acabou mal, existem relações que funcionam lindamente como amizade, mas como namoro esquece. Existem relações que fica a amizade, aquelas em que não existiram traições, guerras ou discussões, essas são aquelas que se foram desvanecendo no tempo e que se tornaram em outro tipo de amor, num amor raro e que muitos não aceitam nem entendem, num amor de querer bem, de querer ver o outro bem com a consciência de que já tivemos a nossa oportunidade de ser todas as suas razões para sorrir, m que a nossa função na sua vida era outra. Há que aprender a guardar o que é bom e reviver no pensamento saudosista mas conformado que já foi. Ser o melhor, ou a melhor amiga de um/a ex, é das coisas mais fantásticas q há. Sabem pq? Pq já não olhamos para a sua parte intima, nem o desejamos como amante, vemos uma pessoa que tem por nós aquele sentimento puro sem foco de "ainda te vou namorar", "tou aqui para te dizer coisas lindas, porque quero é te conquistar"... Podemos falar de tudo sem medo de vou impressionar ou n... isso n existe!!! Já foi

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    1. Nem mais Patrícia, concordo em pleno com o que escreve.
      A paz que temos em terminar uma relação sem que fiquem angustias nem raivas, é das melhores coisas que podemos ter na vida.
      É libertador!

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    2. Tenho que vos dizer que adoro a sensação de "conversas de café" que aqui se proporciona! Eu também imagino que seja uma sensação boa, e compreendo o que dizem, mas na verdade as minhas relações chegaram a uma exaustão tal, que a única coisa que quero é distância. Por diferentes motivos acabaram, mas nenhuma foi a bem. Tenho essa relação com amigos, que nunca foram - nem serão - mais do que isso. E outra questão vos levanto, vocês entendem também com essa facilidade se a pessoa que estiver convosco tiver essa relação de proximidade? :) Porque vocês sabem o que "não sentem" mas não sabem se o outro lado pensará (as amigas/os) da mesma forma, ou será na verdade uma estratégia. Com as devidas excepções à regra. :)

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    3. Em resposta, digo que sim, entendo!

      É obviu que para tal, é preciso que eu não constate outro tipo de insinuações ou situações menos bem resolvidas. Se tudo tiver claro porque não?
      Se eu sou assim porque não entender que estaria com uma pessoa que pensa como eu?!
      É tudo uma questão de bom senço e de uma boa conversa - acima de tudo respeito (por mim e pela outra pessoa).
      Eu dispenso bem 'filmes' e mesmo que tenha a minha dose de ciumes normais numa relação, se me 'provarem' que o -mais que tudo - sou eu, temos a paz ganha e as conversas com os ex's, são as conversas com amigos e ponto! :)

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  4. Muitas vezes temos de ser nos a dar-nos a conhecer e não estar a espera que os outros tomem as iniciativas. Em relação as ex's, é necessário existir confiança entre os dois amores e o resto é conversa.

    Gostaria e deixar aqui um pequeno favor...

    Se me poderiam ajudar na divulgação do meu Blogue

    http://vasquinho87.blogspot.pt

    Obrigado

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  5. Olá! Acho que compreendo um bocadinho os dois lados.
    Tenho um ex que não me incomoda particularmente, mas não falo com ele - nem sequer um "Olá!" - porque isso me faz lembrar o tempo perdido e como tudo foi um erro gigante da minha vida, que podia ter sido evitado.
    Mas tenho dois ex-namorados que adoro, porque são pessoas maravilhosas que enriqueceram a minha vida. Não era feliz com eles. Nunca o serei. Mas fez-me muito bem conhecê-los. O facto de saber que existem ajuda-me a acreditar que há homens decentes (porque há momentos em que todas desconfiamos looool) e, na verdade, um hoje ainda é o meu melhor amigo. Curiosamente, nestes casos, não houve conversas, nem nada do género. Continuamos amigos na separação - amigos que berram e que discutem e que se zangam, mas amigos. O que nos separa? A certeza de que íamos ser infelizes juntos, a longo e médio prazo, e o respeito, que só os amigos têm, de não estragar uma amizade por uma só noite, a curto prazo.

    Já agora, visitem-me em http://proudtobealady.blogspot.pt/. Estou no arranque inicial ;)

    Kisses, Just a Girl

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  6. Concordo e revejo-me no que escreve.
    Ainda hoje, me refiro ao meu "ex" como o "defunto". Não digo o nome dele, não lhe dirijo a palavra, nem tão pouco me cruzo com ele. O motivo? Talvez por me ter sentido enganada. Talvez por sentir que perdi demasiado tempo. Talvez ainda esteja demasiado presa a ele e me limite apenas a sobreviver. E é disso que tenho medo.

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    1. O tempo costuma ser um bom aliado no que toca a curar um coração partido. Contudo, acho que cabe a cada um de nós encontrar a solução para o resolver. Muita ocupação e amigos ajuda. Mas a nossa cabeça tem um poder, que muitos desconhecem... Tente descobrir uma forma de viver, não de sobreviver e acredite que será muito mais feliz. Desejo-lhe as maiores felicidades e perca o medo... ele não é um bom amigo! ;)

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  7. Não concordo com nada do que disseste. Quer dizer, até compreendo, a sério. Há certas ex que nos mexem com os nervos e inseguranças. Mas quando dizes que uma ex é perda de tempo, não concordo. Tudo são experiencias e aprendizagens, sentimentos. Nunca perdes tempo. E depois, por experiencia própria, garanto-te que um ex pode muito bem ser um grande amigo. Tudo depende de como acabou a relação e do respeito e maturidade que se tem. Claro que se o tipo te traiu ou agrediu, nunca na vida lhe vais dar os bons dias! Agora se tudo acabou com amor, simplesmente porque as coisas não davam, ou deixaram de se gostar, porque não ser amigos? Eu tive 2 relações até à data e digo-te, o meu 1o namorado é um grande amigo, falamos 1x por semana ao telemovel e ele ja tem um namoro de 3 anos e tomamos cafe quando podemos, saimos a noite e sem intenções. E não, nunca me passa pela cabeça lembranças dele nu nem algo que se pareça. Porque não faz sentido, eu não sinto nada por ele actualmente. Já a minha segunda relação, mantemos uma convivencia cordial. Se precisar de algo sei que posso contar com ele mas evito porque ainda não superei, tenho sentimentos por ele e não me consigo restringir a uma amizade para já.

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    1. Compreendo o ponto de vista e até percebo. Mas no meu caso, não tenho razões nenhumas para achar que um ex seria um bom pilar na vida. Com excepção do primeiro, que considero que faz parte da tal experiência menos boa, mas que faz parte da aprendizagem, os seguintes considero tempo perdido porque foi mesmo isso, uma perca de tempo...

      Mas sabes acho que o defeito é meu, as escolhas não foram as mais felizes ;)

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    2. Ora... não se escolhe, não tens culpa nenhuma. As pessoas entram nas nossas vidas por algo. Pensa bem e verás que não perdeste tempo, tiraste algo, uma lição. Talvez não a compreendas agora, mas mais à frente vais ver. Ou talvez tenhas razão e tens um mau padrão de homens, logo é algo a analisar e aprender ;)

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  8. Olá,
    Antes de mais quero felicitar-te pelo blog, cujo deparei-me por acaso, e que espero seguir atentamente.
    Eu também, como solteiro e recém chegado aos trinta, sofro dessa barreira psicológica. Contudo permite-me discordar em relação á tua afirmação de que a probabilidade de encontrar um solteiro depois dos trinta é "tão baixa". Talvez porque frequentemos círculos diferentes a realidade pareça outra, no entanto tenho a dizer que pela minha experiência não são assim tão poucos quanto isso, e "sem brinde" :D
    A título de exemplo, só no meu local de trabalho são uns quantos.
    Por isso não desesperes, eles andam aí, não sei é se vêm montados num cavalo branco ;)

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